Cirurgia do Aparelho Digestivo

O câncer gástrico é diagnosticado frequentemente através de endoscopia, onde câmera examina o estômago, e biópsias são realizadas para análise. A localização do câncer pode variar, podendo afetar diferentes partes do estômago. A classificação do câncer gástrico em precoce ou avançado é importante para o tratamento. No estágio precoce, o câncer está limitado às camadas superficiais do estômago e tem um prognóstico melhor. Já no estágio avançado, o câncer se espalhou mais profundamente no estômago e possivelmente para outros órgãos.

O tratamento varia conforme o estágio. No câncer gástrico precoce, pode ser possível a remoção cirúrgica do tumor com margens seguras, às vezes utilizando técnicas endoscópicas. No câncer avançado, a cirurgia para remover parte ou todo o estômago pode ser necessária, muitas vezes combinada com quimioterapia e/ou radioterapia para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou eliminar células cancerosas remanescentes após a cirurgia. A abordagem depende da extensão da doença e da saúde geral do paciente. O acompanhamento regular com um médico é crucial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar conforme necessário.

O refluxo gastroesofágico é uma condição onde o ácido do estômago volta para o esôfago, causando sintomas como azia. O diagnóstico é frequentemente baseado nos sintomas e pode ser confirmado com exames como a endoscopia, que visualiza o esôfago, e a pHmetria esofágica, que mede a acidez no esôfago para avaliar a frequência e a gravidade do refluxo.

A manometria esofágica é outro exame importante, pois avalia a função do esfíncter esofágico inferior - o músculo que impede o refluxo ácido. Esses exames são cruciais para determinar se a cirurgia é a melhor opção, especialmente em casos onde os medicamentos não são eficazes.

Quando a cirurgia é indicada, o procedimento mais comum é a fundoplicatura de Nissen. Nesta cirurgia, a parte superior do estômago é enrolada ao redor da parte inferior do esôfago para fortalecer o esfíncter e prevenir o refluxo. Este procedimento é geralmente realizado por laparoscopia, que é minimamente invasiva.

A cirurgia é considerada para casos mais graves ou quando há complicações relacionadas ao refluxo, como esofagite erosiva. A decisão de realizar a cirurgia depende da avaliação da gravidade dos sintomas, do impacto na qualidade de vida do paciente e dos resultados dos exames.

O câncer de cólon é diagnosticado frequentemente por colonoscopia, um exame que permite visualizar o interior do intestino grosso, e biópsias das áreas suspeitas. Sintomas incluem mudanças nos hábitos intestinais, sangue nas fezes e dor abdominal. A localização do câncer no cólon pode afetar o tratamento e o prognóstico.

O tratamento varia conforme o estágio da doença. Em estágios iniciais, a cirurgia para remover o tumor é comum. Nos estágios mais avançados, pode ser necessária a combinação de cirurgia com quimioterapia e/ou radioterapia.

Alguns cânceres de cólon são hereditários e ligados a características genéticas específicas. As síndromes mais comuns são a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) e o Câncer Colorretal Hereditário Não Poliposo (HNPCC, também conhecido como Síndrome de Lynch). Esses tipos hereditários requerem vigilância rigorosa e frequente, como colonoscopias regulares, e às vezes cirurgia preventiva. Pessoas com histórico familiar de câncer de cólon devem discutir com seu médico sobre testes genéticos e um plano de vigilância adequado.

O câncer de reto é diagnosticado geralmente através de colonoscopia, onde uma câmera examina o reto, e biópsias são realizadas para análise. A localização do tumor no reto – alto, médio ou baixo – influencia o tratamento.

Nos tumores altos, mais próximos da junção com o cólon, a cirurgia para remover a parte afetada do reto é comum, podendo ser seguida por quimioterapia ou radioterapia. Nos tumores médios, a combinação de radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia é frequentemente usada para reduzir o tamanho do tumor e aumentar as chances de uma cirurgia bem-sucedida. Já nos tumores baixos, próximos ao ânus, o tratamento pode envolver radioterapia e quimioterapia para preservar a função anal, seguido de cirurgia.

A abordagem depende do estágio do câncer, tamanho e localização exata do tumor, além da saúde geral do paciente. O objetivo é remover o câncer de forma eficaz, mantendo, sempre que possível, a função normal do reto. Acompanhamento regular e tratamento personalizado são essenciais.